domingo, 2 de setembro de 2012

Organização na hora de comer...

Post longo

Quem me conhece sabe que eu costumo fazer menus semanais. A Flylady diz para fazer menus semanais, fazer a lista de compras tendo em conta o menus e limpar o frigorífico.

Conheci a Flylady em 2005, e ao fim de algum tempo comecei a fazer menus semanais. Se procurarem em blogs e sites de organização todos dizem a mesma coisa, fazer menus e a lista de compras tendo em conta o menu. Não é que eu seja uma guru da organização familiar, mas realmente funciona. Em Faro, semana que não tivesse menu feito não comia nada de jeito e gastava mais dinheiro, porque comia sempre lá nos cafés do aeroporto, que, como qualquer pessoa que já tenha viajado de avião e tenha comprado qualquer coisa num destes cafés sabe, são caríssimos, mesmo com o desconto de funcionário. Lembro-me que uma vez fiz um escândalo porque paguei 1,75€ por um néctar de pêra (não sei quanto custava normalmente, mas era caríssimo).
Hoje que estou com o J., se não fizer menus, passo o tempo meia stressada porque não sei o que hei-de fazer para o jantar, e tenho que andar a passar no talho ou no hiper várias vezes na semana.
Assim, tento fazer menus semanalmente, geralmente durante o fim de semana (deveria ser rápido, mas na verdade demoro algum tempo a fazê-lo).
Existem várias abordagens ao tema, e eu basicamente uso um bocado de todas...:)
- Ter uma lista de refeições favoritas, e escolher uma para cada dia, tentando alternar carne com peixe e ter em conta o dia da semana (dia de hidroginástica não dá para fazer algo mais complicado)
Hoje em dia os favoritos são bolonhesa, bacalhau com natas, pataniscas, peitos de frango panados, peito de frango grelhado, e mais alguns que não me lembro. Tenho no meio da minha papelada que quero organizar (ainda este mês!?!?!?!?) três listas de refeições testadas e aprovadas (carne, peixe, assim-assim) que quero colocar no meu "Control Journal" (noutro post eu explico), para ser mais fácil fazer o menu. Também quero criar uma lista de receitas a experimentar (além do dossier que já tenho, e do bloco de notas do One-note). Há quem, com a lista das receitas favoritas, coloque no google calendar, e ponha em repeat (por exemplo, tem 30 receitas e coloca cada uma para ser repetida ao fim de um mês, ainda fica com uma margem para dias em que não coma em casa, ou para comer sobras). Eu ainda não cheguei a esse ponto, porque gosto de experimentar receitas novas.
- A abordagem que tenho usado agora é ter a lista de comida existente em casa (tenho um modelo de inventário do congelador e do frigorífico, se quiserem peçam-mo) que preencho à mão.

 Este inventário foi feito a meio do mês de Agosto, e ainda está mais ou menos certinho


 De tempos a tempos (geralmente na semana da Cozinha - flylady), quando começo a ver que está desactualizado faço uma limpeza no congelador e no frigorífico, e anoto o que tenho. Depois tento fazer refeições usando o que já tenho, e comprando apenas o que não tenho. Já disse ao J. que não havendo comida no congelador era mais fácil fazer o menu. Era só usar a abordagem de cima. No entanto, desta maneira consegui não ir às compras a semana passada, porque tenho tudo em casa.
Para arranjar ideias para as refeições, além da lista dos favoritos, costumo fazer um périplo pelas quinhentas mil receitas que tenho armazenadas nas mais variadas formas: livros, recortes, caderno, one note, revistas, net...
Neste último caso (de ir às compras no congelador) faço uma lista de receitas que posso fazer com cada elemento (por exemplo, congelei um bocado de bolonhesa que sobrou, com ela posso fazer lasanha, rechear tomates ou pimentos ou beringelas ou qualquer coisa, ou fazer um bocado de esparguete e comer uma bolonhesa normal) e depois vou colocando nos vários dias (existem por essa internet fora milhentos modelos para preencher menus, eu própria tenho alguns no meu computador, mas o que é certo é que eu uso um papel de rascunho A5, coloco os dias da semana espaçados e depois vou preenchendo, a lápis).

 (este é o da próxima semana, como podem ver ainda não está concluído)

Depois de se ter o menu definido (ou à medida que se vai preenchendo os dias) faz-se a lista do que é necessário para fazer as receitas, que não se tenha em casa...esta parte parece-me óbvia.

Na hora de ir às compras não nos podemos esquecer de levar a lista (detesto passar no hipermercado, sem lista) senão metade do que queríamos trazer fica na loja e trazemos coisas que não sabemos como vamos usar (pelo menos isso acontece-me). Quando andava na universidade achava por bem ir às compras sem lista. O meu método era ir passeando pelos corredores todos, porque achava que assim me lembrava do que me fazia falta. Claro que me esquecia de metade, e trazia coisas que não me faziam falta, mas que decidia levar na mesma porque na altura lembrava-me que podia fazer uma certa refeição. Quando chegava a casa esquecia-me do que tinha pensado, ou então não podia fazer o que tinha pensado porque me tinha esquecido que para fazer isso precisava de mais qualquer coisa.

Além da lista da comida tenho sempre um papel e uma caneta em cima do microondas para ir anotando o que me faz falta (limão, alho, detergente x, etc). Cá em casa já sabem que se não está na lista não é comprado, só se eu me lembrar enquanto estou nas compras.

Outra regra que tento seguir à risca é não ir às compras com fome. É certo e sabido que vou comprar mais coisas, e geralmente é só porcaria. No início eu e o J. íamos às compras juntos, geralmente à segunda feira, depois da minha hidroginástica, jantávamos no centro comercial de Telheiras, e depois íamos às compras. Entretanto, como comecei a levar o carro para o trabalho, e passo pelo hipermercado a caminho de casa, não faz sentido andar para a frente e para trás. Assim, geralmente à segunda-feira, ou à terça, dependendo das horas a que saio, passo no hipermercado a caminho de casa. E já reparei que independentemente de a lista ser grande ou pequena demoro cerca de uma hora. No outro dia não tinha lanchado, e estava com fome, claro que enchi o carrinho de pão e chocolates...e cheguei a casa e não me controlei.

Mas toda esta organização não é rígida, como me parece que já descobriram por vocês :). Às vezes não me apetece (ou ao J. ou à A.) o que está planeado, ou o J. não janta em casa, e aí eu como qualquer coisa, ou não me apetece cozinhar o que está definido, e aí trocamos por qualquer uma das coisas que está na lista (afinal temos tudo o que é preciso para fazer essa refeição), ou então vamos comer fora. Uma das vantagens de às vezes não se fazer tudo certinho, é que às vezes na semana seguinte já tenho algumas das refeições definidas, que transitam da semana anterior.


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